“O regresso de Casanova” é o título do último filme realizado por Gabriele Salvatores e protagonizado por Toni Servillo, Fabrizio Bentivoglio e Sara Serraiocco. O protagonista, Leo Bernardi, é um realizador consagrado e aclamado em fim de carreira, que não pretende aceitar o seu lento declínio. Para seu último trabalho, Leo escolhe contar ao Casanova de Arthur Schnitzler, um personagem incrivelmente parecido com ele, mais do que ele mesmo pode imaginar.
O retorno de Casanova
O contado por Schnitzler é um Casanova que já passou da juventude, os tempos de glória se foram. Ele não tem mais seu charme e seu poder sobre as mulheres, não tem mais um centavo no bolso, não quer mais viajar pela Europa. Após anos de exílio, ele tem apenas um objetivo: voltar para Veneza, sua casa. Em sua jornada para casa, Casanova conhece uma garota, Marcolina, o que reacende nele uma fome de conquista que não sentia há anos. Na tentativa de seduzi-la, Casanova chegará à mais trágica das conclusões: envelheceu. Não é por acaso que Leo Bernardi decidiu contar essa história agora, em um momento crucial de sua vida e carreira. As ansiedades e dúvidas dos dois são incrivelmente parecidas.
“É um filme que me interessa muito – explicou Gabriele Salvatores há algum tempo – porque é a primeira vez que falo um pouco sobre mim. O protagonista é um realizador um pouco mais novo que eu que tem de fazer um filme sobre um Casanova idoso. A trama mostra essas duas pessoas enfrentando um dilema, em uma fase complexa de suas vidas. Eles se perguntam se deve-se sempre repetir o próprio caráter ou se entregar a algo diferente”. Nos últimos dias estreou com sucesso o novo filme dos Salvatores, al Teatro Petruzzelli, a 14ª edição do Bif&st (Festival Internacional de Cinema e Televisão de Bari).