Esta semana tivemos o prazer de receber o equipe editorial de italiani.it, a escritora Mariangela Cutrone. Seu livro “canzoni para almas escolhidas“, foi muito apreciado pelos leitores e Mariangela conversou sobre isso conosco, dedicando-se a esta entrevista, com um belo bate-papo.
A entrevista com Mariangela Cutrone
1. Mariangela, de onde você tira inspiração para escrever seus versos poéticos?
Sempre tive o hábito de levar comigo um caderno para anotar versos, reflexões e citações, todo material criativo que me permite expressar melhor meu eu autêntico. Cada momento para mim pode ser útil para “colocar no papel” as emoções e sensações que mexem dentro de mim e que se não expressar é como me sentir meio morto. Tudo pode ser fonte de inspiração na minha opinião, por isso nunca deixo de ter as minhas antenas apontadas para o mundo que me rodeia e para o meu mundo interior. Meus versos são inspirados na Vida Pura, aquela vivida plenamente “sem eu e mas” em que nunca deixamos de olhar o mundo com os olhos de uma criança que observa pela primeira vez a maravilha que o rodeia, que ali está apenas que muitas vezes foge ao comum.
2. Quem são as “almas escolhidas” às quais é dedicada a sua nova coleção de poemas?
Acredito naqueles encontros ditados pelo Destino, aqueles memoráveis que deixam uma marca indelével na mente e na alma. As almas escolhidas são aquelas pessoas que não podem deixar de se procurar para compartilhar paixões, emoções e experiências significativas onde na base está a reciprocidade, a suspensão do julgamento e a empatia. São encontros raros, mas especiais, que contribuem para nos enriquecer humanamente.
3. O amor é tema central em “Songs for Chosen Souls”. Qual o papel que ela desempenha na vida de um indivíduo?
O amor é um sentimento nobre e poderoso, capaz de elevar a alma e torná-la mais vital. Na minha coleção de poemas falo sobre o amor em todas as suas facetas e nuances. Falamos de amor romântico, amor apaixonado, amor parental, amor por uma paixão e amor por si mesmo. Não foi fácil abordar este tema porque corre-se o risco de não ser exaustivo ou óbvio. O amor nos dá a força motriz para nos conectarmos com a parte autêntica do nosso ser para trazer à tona plenamente a parte infantil que está nos atacando e que nunca deve ser esquecida, mas ouvida e apoiada. Cada vez que nos apaixonamos inevitavelmente sentimo-nos mais criativos, talvez um pouco inconscientes, e observamos o mundo com lentes coloridas, redescobrindo a Beleza onde antes só víamos Sombras.
4. Na sua coleção encontramos ilustrações que ajudam a enriquecer os poemas, dando-lhes plena expressão e significado. Como surgiu a colaboração com o artista Davide De Brita?
Sempre acreditei na fusão entre diferentes formas artísticas. Tal como no meu livro anterior, também para Canções para almas escolhidas, pedi a Davide De Brita, artista e meu companheiro de vida, que traduzisse em imagens algumas palavras-chave do livro que ficam gravadas na mente do leitor a ponto de se tornarem uma fonte de reflexão e contribuição criativa. Mais uma vez foi sensível e talentoso ao conseguir expressar de forma eficaz e criativa vários conceitos emblemáticos na forma de imagens sugestivas que captam a atenção do leitor que permanece fascinado e intrigado.
5. No apêndice também desta coleção encontramos uma playlist com músicas selecionadas para ouvir durante a leitura do livro. Que relação você tem com a música?
Não vou negar que me sinto um músico fracassado. A música é de vital importância para mim. É a trilha sonora dos meus dias. Não posso deixar de escrever, trabalhar, conviver com uma formação musical. As músicas que você encontra na playlist foram grandes fontes de inspiração durante a escrita deste projeto criativo. Muitos dos meus poemas nascem depois de ouvir uma determinada peça. A música me permite expressar melhor minhas emoções e desnudar minha alma.
6. Nos últimos anos, a poesia tem sido um género literário altamente reavaliado em Itália. Na sua opinião, por quê?
Nunca mais do que neste período histórico precisamos deste gênero literário que nos permite mergulhar nas profundezas da alma humana para trazer à tona a pureza e a autenticidade em oposição ao que é exteriorizado no dia a dia. A poesia nos permite ter empatia conosco mesmos para adquirir uma nova consciência. Permite-nos explorar as nossas fragilidades, enfrentar os nossos próprios fantasmas e fissuras para nos sentirmos mais humanos.
7. Projetos futuros…
Neste período estou muito ocupado escrevendo meu primeiro romance. É uma história de amor e amizade em que duas das minhas paixões se fundem plenamente, a do jornalismo e a da música. E depois tenho sempre comigo o meu caderno no qual não posso deixar de escrever o que chamo de “palavras traduzidas em verso”.
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