Alice no País das Maravilhas torna-se uma "ativista do meio ambiente" na obra da eclética artista siciliana Elektra Nicotra. Uma obra que surge 150 anos após a primeira edição na Itália, em 1872, do famoso romance escrito por Lewis Carroll. Esta é uma colagem digital para a associação Road to green 2020, que faz parte da coleção Resíduos de arte, partindo de uma ideia de Barbara Molinario, presidente da associação. Basicamente um convite original para respeitar o meio ambiente e reciclar qualquer coisa que possa ser reaproveitada.
Alice no País das Maravilhas
Alice, a protagonista do famoso romance, mostra-se tudo menos envelhecida na obra de Elektra Nicotra, uma releitura contemporânea de Alice na qual se encontram alguns dos elementos-chave do conto de fadas: o Lagarta, o Coelho Branco, a Rainha de Copas. Mas também o labirinto em que a garota se perde e o cogumelo diante do qual o protagonista deve fazer uma escolha importante. Mesmo nas 9 colagens digitais feitas pelo artista - cada uma dedicada a um conto de fadas clássico e associada a um determinado material, para explicar a forma correta de reciclá-lo - Alice está às voltas com uma escolha importante a fazer.
Isso é descartar corretamente os medicamentos vencidos. Muitos erroneamente as jogam no seco não reciclável ou no orgânico, acreditando que algumas cápsulas são biodegradável. Isso pode causar enormes danos ambientais, especialmente se considerarmos que o consumo de medicamentos na Itália chega a 21 bilhões de euros por ano. Uma pílula para ficar menor, uma pílula para ficar maior, Alice ao longo de sua jornada no País das Maravilhas pode mudar de tamanho se necessário. Na obra de Nicotra, entre jardins animados, tabuleiros de xadrez, castelos e bosques onde é sempre hora do chá, posicionam-se cestos para o descarte de produtos farmacêuticos e para os comprimidos de Alice, porque um País das Maravilhas é antes de mais um país limpo!
(Imagens de arte de sucata)